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Na madrugada de segunda-feira acorda assustada com forte barulho. Seu pai acende as luzes e segue para a porta da cozinha. A mãe vai em direção à janela da frente. Ambos acreditam ser um intruso. Ninguém tem coragem de sair da casa. A balbúrdia cessa e a família retorna ao aposento. O tempo de silêncio foi curto. Assustados com a algazarra retornam a sala e sussurram que estão apavorados. O avô de Raquel decide sair para o jardim. O filho segura seu pijama para conter a ousadia.
A algazarra é no telhado. Ladrão impossível, porque a tática de invasão é silenciosa. O temor avança e Raquel tem brilhante ideia. Liga para delegacia.
Amanhecendo, chega à viatura da polícia. Todos ao mesmo tempo querem dar declaração. O agente pede silêncio e com calma escuta o depoimento. Solicita uma escada. Procura por vestígios e encontra penugem de animal e um pedaço de carne salgada dentro de uma gaiola. O avô, as gargalhadas, confessa ter colocado o petisco para salgar no sol, acreditando que o telhado era local seguro.